Texto Miguel Castro Caldas
Encenação Bruno Bravo
Interpretação Gina Tocchetto, Nádia Santos, Tiago Viegas
Música Sérgio Delgado
Desenho de luz Jochen Pasternacki
Cenografia Stephane Alberto
Figurinos Chissangue Afonso
Direcção de produção Eduardo Henrique e Mafalda Gouveia
Produção Paula Nora
Assessoria de imprensa Sofia Lourenço
Fotografia Pedro Salgado
Design gráfico Pedro Bacelar
Audiovisual e multimédia Pedro Fidalgo, Pedro Salgado
Co-produção Companhia do ChapitôPrimeiros Sintomas

Estreia 15 de Outubro de 2005 no Chapitô

A filha cresce, o pai decresce, a mãe envelhece. Três vozes de uma partitura a chorarem de alegria ou a desfazerem-se em gargalhadas de tristeza. A mãe vai para a frente, o pai vai para trás e a filha fica no meio. É bom boiar na banheira. O pai às tantas é mais novo do que a filha, a mãe às tantas é mais velha do que a avó, e a filha às tantas já não sabe a quantas anda.
Em “É Bom Boiar Na Banheira”os brinquedos que acordam dentro de uma estrutura rude de ferro. Dizem vagamente que o importante não é isto mas aquilo, e que não é preciso ter medo de ter medo. Até que de repente, alguém carrega num botão que é como quem tira o ralo de uma banheira cheia de água e de brinquedos. A partir deste gesto é desencadeado tudo o que vem a seguir: A boneca de trapos, que é a filha, quer crescer; o pai, que é o soldadinho de chumbo, vai ficando mais novo; a mãe, que é a bailarina, vai envelhecendo. Ninguém se lembra do que aconteceu, ninguém se lembra de ter nascido, mas é preciso encher de novo a banheira, porque é bom boiar na banheira.